Estudo avalia benefícios da atividade física durante sessões de quimioterapia no Hospital de Amor de Barretos, SP
21/12/2024
(Foto: Reprodução) Programa desenvolvido pelo Departamento de Fisioterapia da instituição foca, inicialmente, em pacientes com câncer de mama. Hospital de Amor de Barretos incentiva atividade física durante quimioterapia
Um novo programa de atividades físicas desenvolvido pelos fisioterapeutas do Hospital de Amor de Barretos (SP) pode deixar a quimioterapia mais leve para pacientes em tratamento de câncer de mama.
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Isso porque uma pesquisa realizada pelos profissionais indica que a prática de exercícios durante as sessões pode ser eficaz e dar mais disposição, uma vez que o processo, muitas vezes, debilita os pacientes.
"Alguns estudos trazem que, com o funcionamento do corpo no momento que está administrando a quimioterapia, a corrente sanguínea age mais rápido, então o medicamento consegue chegar no organismo de forma mais rápida, justamente porque ela está fazendo o exercício durante o processo de receber a quimioterapia", explica a médica residente Brenda Costa.
Hoje, 20 pacientes participam do estudo, todas elas mulheres com até 60 anos de idade e diagnosticadas com câncer de mama.
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O perfil foi escolhido pelas pesquisadoras para que o projeto pudesse ser mais ágil e com resultados mais rápidos, diz Carla Andrade, coordenadora do Departamento de Fisioterapia.
"Essa intervenção grande à quimioterapia tem diminuído significativamente a ansiedade delas durante este momento. Algumas relatam que, saindo daqui, se sentem mais dispostas que antes, outras relatam que se a quimioterapia durasse mais tempo, poderia ficar até uma hora aqui fazendo o exercício, porque elas gostam muito, elas se sentem bem com a prática. A nossa impressão é que o impacto está sendo bastante positivo".
Rosa Rodrigues, de 58 anos, durante atividade física em sessão de quimioterapia no Hospital de Amor de Barretos, SP
Reprodução/EPTV
As séries de exercícios duram 20 minutos, em média, e a intensidade varia de acordo com o limite de cada paciente.
"Existem quimios que levam duas, quatro, até seis horas em que as pacientes ficam aqui paradas. Então a ideia é trazer movimento para esse momento do tratamento, além de também promover com que elas tentem se manter mais ativas fora do tratamento. Que aqui seja um gatilho para que elas consigam se mantenham fisicamente ativas durante o tratamento quimioterápico", ressalta Carla.
Exercícios físicos podem ajudar na eficácia da quimioterapia em pacientes em tratamento de câncer de mama
Reprodução/EPTV
Estudo mira pacientes de outros tipos de câncer
Esta primeira fase de testes é focada em pacientes com câncer de mama, mas Brenda afirma que as pesquisas devem se estender a pessoas em tratamento de outros tipos de câncer em breve.
"A gente espera que futuramente seja uma coisa que a gente consiga fazer com todos os pacientes, não só da mama, mas de todas as especialidades".
Estudo avalia benefícios das atividades físicas durante sessões de quimioterapia
Reprodução/EPTV
A funcionária pública Rosa Rodrigues, de 58 anos, já sente a diferença após as sessões. Em tratamento por conta da doença, ela diz que a quimioterapia costumava durar horas e ser bastante exaustiva.
"Estou me sentindo bem melhor. No dia, eu canso um pouquinho porque é muito medicamento, mas no outro dia estou bem", diz.
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